sábado, 2 de março de 2013

UMA POESIA SEM NOME

NÃO SEI SE SOU "FULANO,"
SE SOU "CICLANO"
OU SOU "BELTRANO."
TALVEZ A TODOS EU ENGANO.

EU NÃO SEI DE MIM.
EU NÃO SEI DE NINGUÉM.
NÃO SEI DO INÍCIO E NEM DO FIM.
NUNCA SABEREI DE ALGUÉM.

EU NÃO SEI QUEM FUI
QUEM SOU OU SEREI.
SÓ SEI O QUE ME INTUI
E QUE NUNCA SABEREI.

A INTUIÇÃO É ABSORTA.
VIVE PRESA Á LIBERDADE.
ELA CORRE SOLTA
E ABRAÇADA COM A SAUDADE.

NUNCA VÃO SABER
AONDE ESTÁ MEU PENSAMENTO.
NUNCA VÃO ME ENTENDER
UM SÓ MOMENTO.

EU SOU PERDIDO NESTE MUNDO.
NUMA RUA ESCURA.
NUM BURACO SEM FUNDO,
NA LUCIDEZ DA LOUCURA.

É ISSO QUE EU SOU.
SOU UM LOUCO,
E PRA VOCÊ EU NEM AI ESTOU,
PODE GRITAR ATÉ FICAR ROUCO.

O QUE EU PENSO NINGUÉM SABE.
E EU DESEJO ASSIM.
MEU DESEJO A NINGUÉM CABE
NESTE MUNDO SEM FIM.

UMA POESIA SEM NOME.
É ESTE NOME QUE EU VOU COLOCAR.
ELA É PARA VER QUANDO SOME
EM TODO E QUALQUER LUGAR.


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